Proposta assinada por todos os governadores sugere mudar o cálculo do reajuste do piso dos professores, que passaria de estimados 19% para 7,7% notícia 2 comentários
Artur Bruno é vice-presidente da Comissão de Educação da Câmara
Sindicatos de professores
da rede pública e parlamentares aliados prometem esforços contra a
redução do reajuste do piso nacional da categoria, proposta por todos os
governadores em carta enviada ao governo federal. Pela lei atual, os
professores da educação básica terão aumento salarial em 2014 de
estimados 19%. Os governadores querem mudar a forma como é calculado o
reajuste, baseando-o na inflação, o que o diminuiria para 7,7%. Eles
alegam dificuldades orçamentárias para pagar o exigido em lei.
Insustentável
Atualmente, o piso dos professores é de R$ 1.567. Com o reajuste previsto para 2014, poderá subir para R$ 1.865. O piso segue a variação do gasto por estudante do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Segundo a secretaria de Educação do Ceará, esse cálculo sobrecarrega as finanças estaduais e ainda mais as municipais.
“Na forma como está previsto, o reajuste se dá pela variação aluno/ano/FUNDEB. Esta variação não tem correlação com o crescimento da arrecadação que financia o pagamento de pessoal. Sendo assim, não parece sustentável para estados e municípios brasileiros assumir uma despesa que aumenta com base em um percentual diverso do índice de aumento efetivo da arrecadação”, explicou a pasta por meio de nota.
Reginaldo Pinheiro, vice-presidente do Sindicato dos Professores e Servidores em Educação do Ceará (Apeoc), afirma por sua vez que, como a lei do piso é de 2008, “os governadores tiveram tempo suficiente para organizar suas finanças. Os sindicatos vão ocupar espaços de pressão política no Congresso”.
Fonte: Jornal O POVO