Os sindicalistas cearenses
Juscelino Linhares e Alessandro Carvalho, ambos do Sindicato APEOC, vão compor
a nova direção da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) no
período que vai 2017 a 2020. O pleito ocorreu no último sábado (14) durante o
33° Congresso Nacional da CNTE, realizado em Brasília, de 12 a 15 de janeiro.
Juscelino
Linhares atuava na gestão passada como secretário de Aposentados da Confederação
e agora vai ocupar uma das vagas como secretário executivo. Alessandro Carvalho
era representante do Sindicato APEOC no Conselho Nacional de Entidades da CNTE
e na próxima gestão vai atuar como diretor executivo adjunto. A ampliação da
participação do Sindicato APEOC é resultado do ciclo de conquistas dos
profissionais da Educação no Ceará e da repercussão do trabalho do Sindicato
APEOC entre as categorias dos outros estados.
Anizio
Melo comemorou a eleição dos dois companheiros cearenses para a nova direção da
CNTE e reforçou a importância da unidade na luta contra o golpe à democracia e
aos direitos dos trabalhadores.
Eleição da CNTE
Com 86,8 % dos votos, a Chapa 30 - Resistência e
Luta venceu as eleições para a Direção Executiva e Conselho fiscal da CNTE para
a próxima gestão. Com a vitória, Heleno Araújo assume a presidência da
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.
Três
Chapas se inscreveram para disputar o pleito. Além da vencedora, a Chapa 10 -
Independência e autonomia: colocar a CNTE na rua contra os ajustes de Temer e
do Capital, com 9,7% dos votos e a Chapa 20 - Não ao golpe: unidade para lutar,
com 3,3%.
A Nova
Diretoria é resultado da aliança de seis forças políticas dentro da CNTE e
significa em parte continuidade “já que temos quase 50% de renovação no
conjunto da chapa”, avaliou Heleno. Segundo ele, a nova composição traz
diretores da antiga gestão em novos cargos e novos membros.
Heleno
revelou que é preciso buscar por outros cantos e espaços “para que possamos
marchar enquanto classe trabalhadora juntos, reunidos e firmes para barrar este
golpe, restabelecer a democracia no país, evitar que direitos da classe
trabalhadora sejam perdidos e avançar naquilo que ainda é preciso na área da
Educação e de outros direitos sociais pela população brasileira como um todo”,
concluiu.
No vídeo
abaixo, Heleno saúda dos profissionais da Educação do Ceará.
Contribuições para a Luta Nacional
O
Sindicato APEOC também contribuiu para a luta nacional em defesa dos direitos
dos profissionais da Educação e da melhoria da qualidade e garantia de
financiamento do Ensino Público. A negociação garantiu que duas emendas
propostas pela entidade fossem incluídas no texto final do 33° Congresso
Nacional da CNTE. São elas:
1. Financiamento da Educação
O
financiamento da educação nacional é uma das questões centrais nas lutas pelo
direito a educação de qualidade. Nesse debate, o FUNDEB é um mecanismo central
para fomentar a ampliação da valorização dos profissionais da educação no
Brasil.
Nessa
perspectiva, propomos a tese da redefinição e fortalecimento do FUNDEB com a
destinação dos royalties do petróleo e do fundo social do Pré-sal. O aumento da
complementação da União para o fundo deveria ampliar os repasses federais para
os entes federados e possibilitar novos patamares para a valorização dos
profissionais da educação.
É preciso
garantir que os recursos advindos da Lei 12.858/2013, concernentes à União,
sejam imediatamente destinados à ampliação dos recursos do FUNDEB, compondo a
complementação da União adicionalmente aos “10%” já repassados pela mesma para
este fim.
2. Aprovação das Diretrizes Nacionais de Carreira
em Lei Federal.
Defendemos
a retomada da Lei do Piso em sua base original, ou seja, garantir a unidade
nacional sobre o tema da valorização profissional articulando a qualificação da
remuneração inicial com os referenciais mínimos de carreira definidos
nacionalmente por legislação federal.
É preciso
garantir uma ampla mobilização nacional para encaminhar a tramitação, no âmbito
do Congresso Nacional, do projeto de lei das Diretrizes Nacionais de Carreira
dos trabalhadores em Educação.
Fonte: APEOC
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